quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

RESTITUI...EU QUERO O DE VOLTA O QUE É MEU....

Restitui-me, Senhor!

Ouvi uma música cristã hoje de um CD que comprei.

Fala de restituição. Bonita melodia. Mas fiquei pensando: restituir o quê? O que posso pedir que me é de direito? O que posso ter perdido e que não era para ser?

Pensei bem - eu fui servo de mim mesmo, das minhas paixões, de uma consciência sujeita aos apetites meramente animais... e agora fui feito servo de Cristo. 

E, uma vez servo, escravo,... pergunto: um escravo tem direito? Então... restituir o quê?
Mas não parei ai.

Lendo as Escrituras, acabo por descobrir que Deus, por Ele mesmo e Sua graça nos leva sempre, de graça em graça ao crescimento. Com a ajuda de cada membro, de cada junta e ligadura, com o exercício dos dons e das experiências... cresço até que um dia, alcance a estatura do Varão Perfeito. 

Ora, nesse processo, perdemos coisas, vemos coisas abaláveis sendo abaladas e caírem ao chão. E a pergunta vem: O que vou pedir pra que Deus me restitua?

Será que o assombrado Jó, pediria em sã consciência, depois de, passar o que passou e, segundo ele próprio ver com os olhos, Aquele de quem só ouvira falar? Acho que nem os bens e possessões que perdera - com a permissão de Deus e para um propósito que é sempre bom, perfeito e agradável - fariam-no desejar voltar a um patamar abaixo, a uma condição anterior à tal revelação. 

Se Deus nos faz andar em novidade de vida, a experimentar o novo - o novo que não vem de fora, mas de dentro, uma nova visão Dele, da Sua graça, da vida, das circunstâncias, do que é eterno, uma nova mente, uma nova consciência formada segundo o Evangelho, pergunto: Restituir-nos o quê?

Ora, de capa a capa, do Antigo ao Novo Testamento, lemos o apelo "Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas, porque estou fazendo coisa nova", ou coisas do tipo: "Quem lança mão do arado e olha pra trás não é digno de Mim", ou como Paulo afirmava: "Uma coisa faço - esquecendo-me das coisas que para trás ficam prossigo pra frente", o que pode ser esse pedido "Restitui-me"?

Francamente, tudo o que mais tenho pedido é que Deus me faça acontecer o novo e não reviver o que é velho. Custe o que custar, doa o que doer, quero o novo de Deus.

E, se é pra pedir restituição, pergunto: "Será que podem restituir-me o dinheiro que gastei no CD?" 

domingo, 26 de fevereiro de 2012

A verdade sobre as primícia$ -Leia a Bíblia e não seja escravo em sua religião










A verdade sobre as primícia$
Leia a Bíblia e não seja escravo em sua religião
(Alan Andreani)


Nos últimos anos observamos uma judaização do cristianismo, chegando ao ponto de existir uma bandeira de Israel em algumas igrejas. Muitas pessoas que se dizem fiéis à Palavra de Deus retrocederam na fé, negando o sacrifício de Cristo e adotando práticas judaicas (muitas delas, não realizadas nem mesmo pelos judeus atuais). Além do dízimo, que já foi discutido em outro texto, a moda do século 21 é a cobrança das Primícias. Mas será que há respaldo bíblico para essa oferta? A resposta é simples e direta: Não! Faremos um estudo do Velho e do Novo Testamento para mostrar que essa é apenas mais uma das doutrinas dos “comerciantes da fé”.
“Primícias” tem um significado de “princípio” ou de “parte inicial” de algo, seja o que for. Porém, o que é pregado nas igrejas que seguem essa doutrina é que Deus exige as primícias de nossos bens materiais (o que é coerente com as teologias modernas, como a da prosperidade), enquanto a nossa vida espiritual fica em segundo plano. Assim, realizam “culto das primícias”, cantam músicas com esse tema, como a famosa “Tuas primícias”, de Regis Danese, tudo para incentivar os fiéis a “abrirem o bolso”. Nessas ocasiões os fiéis devem entregar no templo uma quantia equivalente a um dia de trabalho, ou seja, quem ganha mil reais por mês, leva pouco mais de 33 reais, dinheiro que fica para a igreja ou, em alguns lugares, é dado para o pastor, como um tipo de salário. O argumento que utilizam para este último caso é que devemos repartir nossos bens com aquele que nos instrui (Gálatas 6:6). Procurando no dicionário, encontramos a definição de “repartir”: “fazer em partes, dando a cada pessoa o que, por direito ou justiça, lhe pertence”. Pois bem, imagine uma igreja com 500 pessoas que recebem mil reais ao mês. Se cada uma der 33 reais (o valor das Primícias) ao pastor, ele ficará com o bolso cheio (16,5 mil reais ao mês), enquanto os fiéis teriam que sobreviver com 967 (valor superestimado, pois não estão inclusos os dízimos e as “n” ofertas pedidas). 
O “repartir”, ensinado por Paulo, não visava à mordomia, nem à riqueza e tinha objetivos claros: para que ninguém (também vale para aqueles que nos instruem na fé) tivesse necessidade de nada (Atos 11:29; 24:17 e Romanos 15:26) e para que os irmãos vivessem em igualdade (essa é a idéia desde a instituição dos dízimos, pois as tribos de Israel ficavam com aproximadamente a mesma quantia de alimentos, sem que nenhuma fizesse muito “sacrifício” para contribuir). No exemplo dado no parágrafo anterior, se cada um contribuir com 5 reais (o que não faria falta a essas pessoas) para o sustento de seu líder religioso (afinal digno é o trabalhador do seu salário - Lucas 10:7 e I Coríntios 9:14), haverá um pagamento digno a ele (estando de acordo com I Timóteo 5:17-18). Mas lembre-se: a “dupla honra”, citada na carta a Timóteo, é um reconhecimento por parte dos irmãos e não, uma imposição. Se foi Deus quem colocou uma pessoa para trabalhar em Sua obra, não tem por que esse indivíduo temer ou cobrar o seu sustento, pois o Senhor sempre cuida dos Seus. Porém, se está à frente de um rebanho devido a amizade ou a parentesco com X ou Y, terá que tomar cuidado para não passar fome mesmo, pois Deus não trabalha dessa forma.
Há ainda outro texto utilizado para afirmar que as primícias devem ser usufruídas pelo pastor, que está em
Ezequiel 44:30. Nele, o profeta afirma que a primeira porção das ofertas (inclusive das primícias) seria destinada aos sacerdotes. Isso não era nada novo, pois em Levítico 23:10 já existia essa ordem. O profeta Ezequiel teve um importante papel nas reformas de Israel após a queda de Jerusalém, em 587 a.C. Lutou com todas as suas forças para reconstruir o judaísmo, ensinando o povo a adorar a Deus da forma correta, para que todo aquele mal não voltasse a assolá-los. Vale destacar que Ezequiel não trabalhava na criação de regras para os israelitas e sim, na recuperação delas, pois haviam sido “esquecidas” com o tempo. Mas, voltando ao assunto, afirmar que os líderes religiosos atuais são esses sacerdotes é inaceitável! Se lermos I Pedro 2:9, veremos que todos nós somos sacerdotes (segundo a ordem de Melquisedeque e não, de Levi, como ocorria com os israelitas) e Cristo é o sumo sacerdote (Hebreus 6:20). 
Talvez o leitor, mesmo concordando que as primícias não são para os pastores ou afins, esteja ainda com uma dúvida em mente: “Então são ofertas destinadas ao templo?” Para esclarecermos, vejamos o contexto histórico e social do povo hebreu:
Havia sete festas anuais entre os hebreus, sendo que eram três as festas agrícolas principais, que foram celebradas a partir da entrada em Canaã: a Festa dos Asmos (era uma parte da Páscoa judaica), na primavera; a Festa das Primícias, das Semanas ou de Pentecostes, que durava 7 semanas e que marcava a época da colheita do trigo; a Festa das Tendas, da Colheita ou dos Tabernáculos, que era realizada no outono e que celebrava a colheita de uvas e de azeitonas. Em cada uma, algo era oferecido a Deus, com um determinado objetivo (o sacrifício de um animal, para purificação; a entrega de cereais, como agradecimento pela colheita...). Assim, fica fácil entender que essas festas faziam parte da cultura do povo hebreu e por isso, tinham tanto destaque. 
Particularmente, como não sou judeu, não tenho que comemorar nenhuma dessas festas, mas muitos pseudo-cristãos insistem na “história” das primícias, citando vários trechos do Antigo Testamento:

- Gênesis 4:3,4 (Deus não teria recebido a oferta de Caim por não ser a primeira parte dos frutos).
A bíblia não relata o motivo da rejeição da oferta de Caim, o que dá margem para inúmeras interpretações. Obviamente, não faltaria a opinião de que foi rejeitada por não ser
o primeiro fruto da terra. Porém não é o que o texto diz. Pelo contrário, a palavra “também” (“E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas”) sugere que ambos levaram as primícias do que produziram. Sendo assim, o motivo da não aceitação da oferta deve ter sido outro. Em I João 3:11,12 lemos: “[Caim]...era do maligno”, e ainda: “as suas obras eram más”. Aqui temos uma “dica” importante: Caim tinha um coração corrompido, mau, e isso refletia em suas obras. Como Deus aceitaria uma oferta de alguém nessa situação? Impossível! Mas, de qualquer forma, pelo fato de estarmos na Graça, essa discussão não é relevante para o nosso assunto.

- Êxodo 23:19 = “As primícias dos primeiros frutos da tua terra trarás à casa do SENHOR teu Deus; não cozerás o cabrito no leite de sua mãe.” 
- Provérbios 3:9,10 = “Honra ao SENHOR com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos; e se encherão os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.”
Não estamos sujeitos à Lei, portanto esses textos jamais devem ser usados para defender ou condenar nossas ações. Na Lei havia promessas materiais; na Graça há promessas espirituais. Porém, para as pessoas que insistem em defender essas normas, por que adotam só o que convém e ignoram os demais versículos? Leiam também o versículo 18 do texto de Êxodo e, se quiserem voltar a oferecer sacrifícios de animais e guardar o sábado, por exemplo, terão toda a liberdade para exigirem também as primícias. 
O segundo versículo ilustra bem a crença dos hebreus: ao santificarem ao Senhor as primícias, o restante da produção também ficaria santificada. Assim, a benção de Deus seria abundante entre eles. 
Há inúmeros outros textos que falam das primícias, porém, todos destinados aos israelitas. Não comentarei um por um para não ficar repetitivo, mas listarei alguns:

- Neemias 10:34,35; II Crônicas 31:5; Números 15:17-21; Deuteronômio 18:3-5; Deuteronômio 26:10; Números 18:12; Neemias 13:31.

Fico abismado quando muitos pastores estufam o peito e afirmam: “as primícias existem também no Novo Testamento, logo, é nosso dever entregá-las”. E citam:

- Romanos 8:23 = “E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo.”
Com todo respeito, acho que Deus “coça a cabeça” quando alguém associa as primícias do Novo Testamento àquela oferta da Antiga Aliança. O Texto é muito claro. São primícias do Espírito! É como se essas primícias fossem uma “palhinha”, uma amostra de toda a Glória que nos espera, citada no versículo 18.

- Romanos 11:16 = “E, se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz é santa, também os ramos o são.”
Aqui, novamente, não há ensino algum sobre ofertas. Pelo contrário, o ensino (em linguagem metafórica) envolve questões espirituais, mais precisamente, a salvação. Paulo diz que se os judeus, de início (representados pelas primícias, a matéria prima), eram santos, também o eram os gentios (a massa pronta). Há ainda outra comparação, feita pelo apóstolo: os judeus seriam uma oliveira cultivada, que teria ramos tirados (os incrédulos); os gentios seriam uma oliveira silvestre (“brava”), mas enxertada na oliveira boa. Com isso, Paulo passou duas mensagens principais: 1 - Aqueles que aceitassem a mensagem de Jesus posteriormente (gentios) seriam tão santos quanto os que deram ouvidos a essa mensagem muito tempo antes (judeus convertidos); 2 – Os gentios que aceitaram o Evangelho não deveriam vangloriar-se e acharem-se melhores do que os judeus incrédulos, pois o que determinou a salvação deles foi a fé e não, méritos pessoais. Outros textos, como I Coríntios 15:20 e Tiago 1:18, dispensam comentários, pois o significado de “primícias” é bem claro e nada tem a ver com ofertas. 
No período de vigência da lei mosaica (e até mesmo antes dela), a consagração da primeira parte da produção a Deus era uma forma de reconhecer que Ele era o que tinham de mais precioso na vida. Era um exercício de fé e ao mesmo tempo, um “lembrete” a esse povo de coração duro que Deus deve estar sempre em primeiro lugar. Quando Jesus veio ao mundo, deixou esse mesmo ensino (Mateus 6:33), porém, a diferença foi que jamais instituiu uma regra ou um rito para que provássemos isso. O “amar a Deus sobre todas as coisas” está baseado não na Lei (repleta de cerimônias), mas na Graça, que ensina obediência e entrega de frutos espirituais. 
Alguns alegam que as ofertas voluntárias (essas sim tem apoio no Evangelho) são insuficientes para a manutenção do templo, para as atividades que a igreja mantém e para o sustento dos obreiros. Assim, jamais poderiam ensinar que o dízimo não é válido na atualidade (mesmo com todas as evidências) ou que não existe mais oferta de primícias. Ao contrário, ensinam que devemos contribuir com a maior quantidade possível, colocando dinheiro em todos os envelopes que entregam (cada um é uma oferta diferente) e, dessa forma, receberemos muito mais de Deus. Pois é, muitos rebaixam o Evangelho a isso, o que é lamentável, e inúmeras almas deixam de seguir a Cristo por causa desse “cristianismo às avessas”. Sugiro que seja reduzido o tempo dos programas na TV (afinal, a maior parte deles é pra pedir dinheiro ou para enrolar o povo, passando a mensagem que o indivíduo daquela igreja tem bom emprego, não tem problemas, recebe curas... e o que Jesus mandou pregar, nada!), que não sejam construídos templos luxuosos, que não seja dado fortunas para cantores e para pregadores, que o salário dos pastores não esteja na casa de dezenas de salários mínimos... Posso garantir que, se estas medidas forem tomadas, as ofertas espontâneas dos fiéis serão suficientes e o melhor de tudo: deixaremos de transgredir vários ensinos bíblicos.
Para finalizar, sobre o tema deste texto, por que não entregamos as primícias dos frutos do espírito (citados em Gálatas 5:22) ao Senhor? Ou melhor, porque não dedicamos a totalidade desses frutos a Ele? Esse seria, com certeza, um ato louvável e que estaria de acordo com a Palavra de Deus. Saiamos de cima do muro, queridos! Ou somos judeus ou somos cristãos! Aceitar a Cristo e ficar preso à Lei não é o que o apóstolo Paulo nos ensinou. 
Negar-se a aceitar o dízimo e a oferta de primícias não é ser “mão de vaca”, é lutar pelo verdadeiro Evangelho, puro e simples. Alguns dizem que o motivo de alguns não concordarem com isso é o amor ao dinheiro, mas penso justamente o contrário: Quem cobra é que tem amor ao dinheiro! Se pregassem os ensinos de Jesus e dos apóstolos as pessoas teriam convicção de sua fé, veriam que não há ganância por parte das igrejas e dariam suas ofertas com amor, afinal, Deus jamais deixaria Sua obra perecer sem recursos. E lembrem-se, amados, devemos dar ofertas porque recebemos e nunca, para recebermos!

Autor: Wésley de Sousa Câmara

Referências:
A Bíblia Viva
Bíblia Almeida Corrigida Fiel
Bíblia de Jerusalém

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

FAMOSO PREGADOR É REJEITADO EM CONGRESSOS, MARCHAS E GRANDES IGREJAS.

FAMOSO PREGADOR É REJEITADO









Uma certa igreja estava precisando de pastor. Um dos diáconos escreveu a carta seguinte, como se a tivesse recebido de um candidato e leu-a perante o conselho da igreja:
"Senhores: Sabendo que o púlpito da igreja está vago, gostaria de candidatar-me ao cargo. Tenho muitas qualificações que, penso, irão apreciar. Tenhosido abençoado com poder na pregação, e tenho tido bastante sucesso como escritor. Alguns dizem que sou bom administrador.
Algumas pessoas contudo, têm algumas coisas contra mim. Tenho mais de cinquenta anos de idade. Nunca fiquei no mesmo lugar, tive que deixar a cidade porque a obra causou tumulto e distúrbios. Tenho que admitir que estive na cadeia três ou quatro vezes, mas não por más ações. Minha saúde não é muito boa, embora eu aindaconsiga trabalhar muito. Tenho exercido minha profissão para pagar as despesas. As igrejas e que tenho pregado são pequenas, embora localizadas em várias cidades grandes.
Eu não tenho tido muita comunhão com os líderes religiosos das diversas cidades onde tenho pregado. Para falar a verdade alguns deles me levaram às barras do tribunal, e me atacaram fisicamente de maneira violenta.
Eu não sou muito bom para manter arquivos de registros. Muitos sabem que até já esqueci quem foi que batizei. Todavia, se os senhores quiserem me aceitar eu me esforçarei ao máximo, mesmo que seja obrigado a trabalhar para ajudar no meu sustento".
Depois de ler esta carta diante do conselho, o diácono perguntou se os oficiais estavam interessados nesse candidato. Eles replicaram que ele jamais serviria para aquela igreja; eles não queriam um homem enfermo, contencioso, turbulento, um presidiário descabeçado. Sou contrário a esse evangelho pregado no nosso País (Brasil), "o da prosperidade", "o de tomar posse", "o do quero o de volta o que é meu",  " o do faz chover" "restitui", "eu determino", cheguei até escrever um livro para uma igreja em uma cidade da Europa, perguntando o porque que eles tinham se esquecido de um estudo bíblico que eu tinha ministrado para eles. E ainda mais, a apresentação desse candidato era até um insulto para a igreja. Depois, perguntaram qual era o seu nome e receberam esta resposta: "O apóstolo Paulo".

domingo, 19 de fevereiro de 2012

JARGÕES "EVANGÉLICOS" E A BÍBLIA.






































Muitos “chavões” ou “jargões” têm invadido as igrejas evangélicas no Brasil. Frases como: “Eu te abençôo”, “Eu profetizo”, “Toma posse da bênção”, "Eu determino", "Eu declaro", entre outras, viraram formas arrogantes de os crentes exercitarem sua fé ou de se dirigirem a Deus, exigindo bênçãos imediatas. Preocupados com essa nova linguagem e com essa nova postura, faremos uma rápida análise do contexto evangélico atual, para que possamos entender o porquê dessas invencionices, praticadas durante as chamadas "ministrações", realizadas nos cultos. 
1. Os Jargões e as Doutrinas modernas




Muitos jargões surgiram como resultado de doutrinas controvertidas, como a crença em “maldição hereditária”, a “confissão positiva”, a “incubação de bênçãos”, a “teologia da prosperidade”, entre outros ensinamentos antibíblicos. Essas doutrinas equivocadas são usadas pelo inimigo para enganar e tirar dos cristãos a exclusividade da fé em Cristo, que é suficiente para libertar, curar e proteger os servos de Deus de toda força do mal. O desejo do inimigo é, também, sustentar, na mente dos evangélicos, essas inovações doutrinárias, contaminando-os com doutrinas de demônios.

1.1 Os jargões evangélicos e a confissão positiva 



A chamada "confissão positiva" coloca o peso das realizações espirituais "nas palavras pronunciadas e na atitude mental da pessoa", de quem está ministrando, desconsiderando a genuína fé em Deus (At 3:16; Hb 12:1-2). Essa atitude é apoiada na falsa crença que diz: “Há poder em suas palavras”, como se as palavras humanas tivessem poder de criar, de intervir, de mudar situações. A ênfase é posta no homem, e, raramente, o ministrante cita o poder da Palavra ou o poder de Deus (Rm 1:16-17). Há dezenas de livros ensinando os crentes a agirem assim. A maioria dos fiéis não percebe que está caminhando para o abismo espiritual, lugar daqueles que se afastam das verdades bíblicas. 

1.2 Os jargões evangélicos e a incubação de bênçãos 



A conhecida "Incubação de bênçãos" é um desdobramento da crença na "confissão positiva". Consiste no seguinte: O crente incauto é ensinado a "gerar uma imagem mental", direcionada para o alvo que se pretende alcançar; por exemplo: se o crente deseja um carro, deve engravidá-lo mentalmente, para que Deus possa conceder-lhe a graça. É ridículo, mas, infelizmente, centenas de crentes deixam-se enganar. Essa atitude tem levado muitas pessoas ao comodismo, à inércia espiritual e a uma atitude preguiçosa, pois já não se esforçam para conseguir, com trabalho duro e honesto, aquilo de que precisam. Pelo contrário, ficam à espera do momento em que a bênção irá “cair do céu”. Da crença na "incubação das bênçãos", surgiu a arrogante frase: "Toma posse da bênção”. Isso simplesmente não existe na palavra de Deus. 

1.3 Os jargões evangélicos e a mania de querer mandar em Deus 



Chavões tais como: “Eu declaro”, “Eu ordeno”, “Eu profetizo”, "Eu decreto", são pronunciados sem a menor reflexão ou sentido de responsabilidade. Os crentes e, infelizmente, muitos líderes, comportam-se como se fossem Deus; colocam o "EU" na frente e soltam palavras que não fazem parte das alianças divinas, das promessas divinas, dos oráculos divinos, dos estatutos divinos, da graça divina, da misericórdia divina, do amor divino. Falam da forma como Deus não mandou falar, declaram o que Deus não mandou declarar. “Eu declaro”, “Eu ordeno”, “Eu profetizo”, "Eu decreto" são expressões despidas da espiritualidade ensinada na palavra de Deus; são frases que revelam a altivez do coração humano, são palavras que, por não terem respaldo bíblico, não mudam situação alguma. 

Os cristãos precisam entender que não podem dar ordens a Deus! É Deus quem determina; é Deus quem decreta; é Deus quem declara; é Deus quem abençoa. É Deus; não sou eu. Ele é tudo; eu sou nada! Eu sou servo; Deus é Senhor! Ele é soberano; eu apenas obedeço à sua Palavra. A Deus, toda a glória! Assim, não é a minha vontade que deve prevalecer. Jesus não só nos ensinou a orar: ... seja feita a tua vontade (Mt 6:9 e 10), como também pôs em prática o que ensinou: ... todavia, faça-se a tua vontade ... (Mt 26:42). Pronunciar uma frase por deliberação própria e dar a entender que está autorizado por Deus, sem, na verdade, estar, é enganar o rebanho do Senhor. Deus não opera onde há engano; não compactua com enganadores e não terá por inocente aquele que tomar seu nome em vão (Êx 20:7). 

1.4 Os jargões evangélicos e o egocentrismo 



O que nos chama à atenção nessas manias, nessas invencionices, é o seguinte: quanto mais elas se alastram, mais o nome de Deus desaparece e o "EU" entra em cena. É trágico: os cristãos vão se tornando embrutecidos, achando que podem assumir o lugar do Altíssimo Deus. E não é este o incansável desejo de satanás? Veja, leitor: Cada vez mais os cristãos expressam o desejo de assumir o lugar de Cristo: “Eu ordeno”, “Eu profetizo”, Eu te abençôo”. É o "EU" como centro da fé; é o egocentrismo religioso em marcha; é o endeusamento do egoísmo; é a divinização do homem. 
Os cristãos precisam entender que Jesus não permitiu que o seu "EU" aparecesse. Quando alguém o chamou de “bom Mestre”, ele desviou de si a atenção e disse: ... bom só há um, que é Deus ... (Mt 19:17). É preciso ter muito cuidado com o egocentrismo religioso: o "EU" atrai para o homem a glória que a Deus pertence, sendo o resultado de tal atitude a morte eterna. 

2. Reflexões Bíblicas Sobre Alguns Jargões



É necessário muita graça e sabedoria divina para discernirmos o ensino que é de Deus e o ensino que é do diabo. A ausência de estudos da palavra de Deus, ministrados de forma sistemática, tem dado oportunidade para a entrada de heresias, acompanhadas dos chavões religiosos, nas igrejas. Por isso, somos convidados a refletirmos sobre seguinte questão: A utilização dessas estranhas expressões tem o apoio da Bíblia? Avaliemos algumas delas:

2.1 "Eu te abenç
ôo” 

Os servos de Deus, em nome do Senhor Jesus, são bênção para as pessoas. A Bíblia diz: ... estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome ... (Mc 16:17). Todas as bênçãos divinas são derramadas através dos servos, em nome de Jesus. 

Em lugar de "Eu te abençôo", o cristão deve dizer: “O Senhor te abençoe”, conforme o ensino bíblico: Fala a Arão, e a seus filhos, dizendo: Assim abençoareis os filhos de Israel; dir-lhes-eis: O Senhor te abençoe e te guarde. (Nm 6:23 e 24). O nome do Senhor precisa ser invocado e não o "EU". O "EU" é carne; o "EU" é pecador; o "EU" é corrompido; o "EU" não é divino; é humano. 

Vejamos o complemento da palavra de Deus: Assim porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei. (Nm 6:27). Vejamos também quem pode ordenar a bênção: ... porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre (Sl 133:3); ... então eu mandarei a minha bênção sobre vós ... (Lv 25:21); ... o Senhor mandará que a bênção esteja contigo ... (Dt 28:8); ... Eu o abençoarei (...) abençoarei os que o abençoarem ... (Gn 12:2-3). Será que Deus mudou? Não encontramos, nem no Antigo nem no Novo Testamento, alguém fazendo uso do “EU te abençôo”. Se esse ensino esquisito não vem da Bíblia, de onde vem? 

2.2 “Eu profetizo” 



O ministério profético cessou. Todos os profetas de Deus foram rejeitados e mortos (Mt 23:37). Segundo a palavra de Deus, o que existe hoje, na igreja do Senhor, é o "Dom da Profecia". Profecia, então, é um "Dom espiritual" (I Co 12:10), útil para que Deus fale de maneira sobrenatural às pessoas, assim como, pela "variedade de línguas", se fala sobrenaturalmente a Deus. O "Dom espiritual" é uma capacidade sobrenatural que atua nos filhos de Deus, quando Deus quer, e para o que ele achar proveitoso (I Co 12:11). Por isso, o uso da frase “Eu profetizo” é totalmente inadequado.

A Bíblia ensina que a profecia não depende do "EU" querer: ... porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirado pelo Espírito Santo. (II Pe 1:21). É bom observarmos que os homens santos de Deus também não usaram essa frase; ao contrário, quando profetizaram, disseram: Assim veio a mim a palavra do Senhor ... (Jr 1:4); Assim diz o Senhor ... (Jr 2:5; Is 56:1; 66:1); Ouví a palavra do Senhor ... (Jr 2:4); E veio a mim a palavra do Senhor (...) disse o Espírito Santo ... (At 13:2); ... Isto diz o Espírito Santo ... (At 21:11); Mas o Espírito expressamente diz ... (I Tm 4:1). Em todos os casos, não aparece o "EU", aparece a pessoa divina.

Pense bem: Como é que eu e você vamos profetizar bênçãos, sem que Deus tenha nos autorizado, em sua palavra, a Bíblia Sagrada? Como é que eu e você vamos profetizar, se, em nós mesmos, não há bênçãos para oferecermos, visto que a Palavra afirma que, em nossa natureza, não habita bem algum? Como é que eu e você vamos profetizar bênçãos em nosso nome, se a Bíblia afirma que toda boa dádiva, todo dom perfeito vem do alto, do Pai das luzes, em quem não há mudança e nem sombra de variação? 

Essa arrogância do "Eu te abençôo" deriva da falsa crença na "confissão positiva", que leva as pessoas a crerem em que há poder nas suas próprias palavras. Daí acharem que podem profetizar bênçãos a qualquer momento e a qualquer pessoa. A Bíblia condena essa falsa crença, pois somente Deus tem poder para abençoar.

Além de tudo isso, é estranho o fato de que as pessoas que vivem dizendo: "Eu profetizo" só "profetizem" bênçãos e mais bênçãos, sendo que, nas profecias bíblicas, o Espírito Santo inspirava os profetas a anunciarem bênçãos, castigos, catástrofes, juízos aos desobedientes à palavra de Deus, repreensão, etc. Não é estranho, hoje, as pessoas "profetizarem" somente bênçãos? Se Deus não muda, de onde está vindo a inspiração para essa gente "profetizar"? 

Outro fator a pensar é este: As pessoas que profetizam bênçãos não esclarecem que tipos de bênçãos. As profecias bíblicas sempre especificaram que tipo de bênção ou de juízo sobreviria ao povo. Mas, hoje, é só isto: "Eu te abençôo". É um procedimento totalmente fora da palavra de Deus. 

2.3 “Tomar posse da bênção” 



Não encontramos o uso dessa expressão no Antigo e nem no Novo Testamento. É um jargão de uso freqüente nas igrejas cujas reuniões têm como tema e propósito principal pregar e receber a prosperidade material, que eles reduzem a bênçãos. Os seus líderes não se preocupam com nutrir o rebanho com as verdades da palavra de Deus, que conduzem à salvação em Cristo Jesus (II Tm 3:14 e 15)

Essa frase surgiu para fortalecer a doutrina da "incubação de bênçãos". Como já vimos, neste texto, primeiramente a pessoa tem a “visualização positiva” da bênção desejada, isto é, concebe, em sua mente, o que ela quer receber, e, em seguida, é motivada a “tomar posse bênção”. 

A "incubação de bênçãos", a "visualização positiva" e o uso do termo “tomar posse da bênção” são atitudes que substituem a fé operante e a atuação divina, levando as pessoas a crerem em que tudo depende da força da mente e das palavras de poder pronunciadas por elas. Comparando isso com o procedimento de Jesus e dos apóstolos, afirmamos que é errado usar o termo "Toma posse da bênção" como meio de termos as bênçãos divinas concretizadas em nossa vida. Os discípulos de Jesus nunca cometeram esse tipo de equívoco, pois, em lugar de dizerem: "Toma posse da bênção”, eles disseram: ... se tu podes crer; tudo é possível ao que crê (Mc 9:23); ... Tende fé em Deus ... (Mc 11:22), ... grande é a tua fé! ... (Mt 9:28) ... Seja-vos feito segundo a vossa fé (Mt 9:23); Em nome de Cristo, o nazareno, levanta-te e anda ... (At 3:6). Assim, em vez de as bênçãos serem direcionadas para o homem, a palavra de Deus ensina as pessoas a direcionarem suas esperanças para Deus, através da fé.

Conclusão


Doutrinas heréticas têm ocupado a mente e o tempo de muitos crentes. Elas não conduzem as pessoas a confiarem no sacrifício do Calvário, na cruz do Senhor, no sangue de Jesus, que nos purifica de todo o pecado, mas levam as pessoas a se envolverem com várias práticas estranhas à Palavra inspirada pelo Espírito Santo. Essas heresias são caracterizadas, na Bíblia, como o “outro evangelho” (Gl 1:8), chamado, pelo apóstolo Paulo, de anátema ou maldito.

Conhecendo a origem de algumas doutrinas, como, por que e para que surgiram, e somando isso aos esclarecimentos feitos à luz da palavra de Deus, você deve pedir a Deus graça e sabedoria, para ensinar à igreja o caminho da luz e para conduzir os filhos de Deus dentro dos propósitos do evangelho da graça divina, para que não se percam, mas tenham a vida eterna.
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As 5 expressões evangélicas mais sem sentido usadas nas Igrejas

As 5 expressões evangélicas mais sem sentido usadas nas Igrejas


5 – EXORTAR
Essa expressão é usada de modo equivocado em 100% das Igrejas. Segundo qualquer dicionário, exortar significa “animar, incentivar, estimular”. Logo, exortar o irmão que está em pecado na verdade não significa repreende-lo. Quem está vivendo no erro não precisa de um incentivo, mas de um auxílio.
4 – LEVITA
Essa morreu no Antigo Testamento. Os Levitas eram descendentes da Tribo de Levi, e eram encarregados de TODO O SERVIÇO no Templo. Mas Levita tem sido usado como sinônimo de músico. Besteira pura! Pra começar a música no serviço levítico era a menor das tarefas. A faxina, organização e carregar peso nas costas, isso sim era a parte mais importante do trabalho. Levando em conta que não somos judeus, não somos descendentes daquela tribo e também lembrando que o Templo não existe mais, então estamos dispensados do serviço levítico. Músico é músico. Ponto.

3 – PROFETA
Segundo a bíblia, profeta é aquele que revela a vontade de Deus ao povo. Simples assim. Porém tornou-se comum considerar que profeta é uma espécie de adivinho. Heresia pura! Considerando que TODA A REVELAÇÃO está em Cristo Jesus e que o conhecimento acerca desta revelação está contida nas escrituras, um profeta legítimo não deve adivinhar nada, mas proclamar de maneira compreensível as coisas que estão contidas na palavra de Deus. Por isso Paulo afirma que o dom de profetizar é o dom mais excelente. E se você ainda paga pau pra adivinhos, lembre-se que ADIVINHAÇÃO é pecado.

2 – UNÇÃO
Como dizem por aí, UNS SÃO, outros NÃO SÃO. Agora falando sério… a expressão unção virou clichê na boca de crente. É unção disso, unção daquilo… tudo sempre buscando atender ao interesse economico; ou garantindo o controle das massas sob o pretexto de que UNÇÃO É PODER. Pra começar no Novo Testamento a palavra unção só é usada no sentido de afirmar que Cristo está em nós. Logo, ter unção é ter Cristo. Em todos os outros contextos, há ensinos explícitos sobre o ato de “ungir” pessoas, que seria orar com óleo, pedindo a Deus por curas específicas. Há algum poder neste óleo? Não mesmo. Mas é bom lembrar que no contexto bíblico, óleo também era considerado remédio para muitas doenças.

1 – ATO PROFÉTICO
Essa é a campeã da lista de heresias. Se sua igreja usa essa expressão, então a teologia por aí tem sido profundamente contaminada com valores neopentecostais. Pra começar não existe a expressão “ato profético” na Bíblia. Essa expressão surgiu na verdade como uma tentativa de disfarçar o conceito de podemos fazer coisas que “movem a mão de Deus” na direção de nossos desejos. Ou seja, heresia pura.

Meu conselho é… cuidado com as expressões.
Por que as mínimas coisas podem revelar grandes besteiras.
Vão com Deus!

Ops! Como alguém poderia ir “sem Deus”, se Deus é onipresente e está em todos lugares mesmo antes de eu pensar em me mover?

Fonte: Ariovaldo Jr. (o outro)(?!?!)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

NÃO SEJAS CÚMPLICE COM AS TREVAS. (TIAGO 5:11)







SHOW DE HORROR.











"Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado" Tiago 4; 17
Como disse Martin L. King: "O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos desonestos, dos violentos, dos sem caráter, dos sem ética.....o que me preocupa é o silêncio dos bons"
e Edmund Bruke: "Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada"
Que saibamos diferenciar e tênue linha entre julgamento e o denunciar e se opor às obras das trevas. Julgar é condenar sem fatos e levantar testemunhos sem prova, se opor e denunciar os fatos é levantar a bandeira da verdade e batalhar pelo Reino e não pelos nossos interesses como fizeram muitos dos mártires que hoje elogiamos mas NÃO queremos copiá-los.
Que esse sentimento começe por mim!

VALDIR MANENTE GUIMARÃES.






Edir e o Diabo trocam uma ideia sobre o Valdemiro




O que mais me aborrece quando vejo cenas como esse teatrinhoinfame capitaneado pelo empresário Edir Macedo NÃO É o absurdo dessa entrevista com o diabo - um demônio fofoqueiro demais, aliás (agora descobri porque tem tanto futrico nos corredores das igrejas: Se no púlpito Deus e o Diabo ficam de mexerico!!??). Mas NÃO É a forma sádico-fetichista com o qual ele "domina" o diabo agarrando a mulher pelos cabelos DELA, submetendo, sem a menor necessidade, o "vaso mais frágil" a mais indignidade ainda do que a indignidade que tal "possessão" já a tem exposta! O que mais me aborrece NÃO É ver a cara bispal arreganhada de satisfação maligna quando sabe que a família do ex-amigo está arrebentada! Também NÃO É a fajuta imitação que o demônio faz do apóstolo, que qualquer humorista faria melhor... NÃO, NÃO, NÃO... Não é isso que me aborrece, pasma, assombra; pois isso não é nada diferente do que eu espero que ele, o bispo, faça! Ele é assim desde o começo e suas "habilidades" cafonas só "melhoram" com o avançar da idade...

QUER SABER O QUE ME ASSOMBRA?

São os bonzinhos, os éticos, os polidos, os "bíblicos", os "teológos", os "evangélicos" das igrejas teologicamente "saúdaveis"... Sim, me assusta não o que a UNIVERSAL e a MUNDIAL fazem, mas sim o que presbiterianos, batistas, metodistas, luteranos e pentecostais antigos NÃO fazem!

São esses que me irritam: não têm pena do povo, ficam rindo de ver a deprimência da cena, chamam VALDEMIRO e MACEDO de "eles", que são diferentes de "nós", enquanto todos estão dentro do mesmo guarda-chuva EVANGÉLICO que é todo furado por baixo por causa das pontas dos guarda-chuvas menores que ficam acolhidos debaixo dessa nominação religiosa que cabe desde macumba à congressos de santa reflexão teológica!

O que me enoja não é a cena armada para assustar o público e impedir o fluxo de membresia que vaza da UNIVERSAL para a MUNDIAL. Não! Me enoja os caras que sabem falar, saberiam ajudar o povo a discernir, têm voz na mídia, têm centenas de vídeos no youtube, têm livros escritos com muita sabedoria, têm blogs, sites, estudos, Palavra, autoridade pública, têm TUDO e não fazem... NADA. Não reagem à opressão religiosa. Não gritam, não dão uma de loucos, não saem de cima do muro, não expressam opinião aberta, são medrosos, melindrosos, bundões mesmo!!!!

Uns dizem: "Eh, mas Deus está salvando lá dentro!" - Meus amigos, Deus está salvando até dentro dos prostíbulos! Outros argumentam:
"Deus os julgará!" Como assim? Deus julgará as pessoas, mas nós que somos defensores do Evangelho, para combater o bom combate e GUARDAR a fé. Paulo por muito menos chamou essa raça de "cães, incircunsisos de coração, obreiros fraudulentos, etc" “Hipócritas, raça de víboras” – foi o grito de João Batista!

Vocês perderam a capacidade de se indignar? Se foi o caso, então, lamento: vocês se perderam de Jesus, que entra no Templo e derruba mesas cheias de dinheiro do que fora transformado num "covil de salteadores". Mas, somos acusados de ser “beligerantes” e incitar revoltas num país calmo e pacífico. Ora, pregar o Evangelho, por si só, nos levará aos tribunais e à cruz, porque o mundo de Mamon, deus desse século, odeia o Amor! Não há mesmo paz quando o Evangelho precisa ser espada!

Ouço todo dia gente respeitável dizer: “Ah, mas é muito difícil, sabe! O povo é ignorante!” – Ignorantes são vocês que desprezam o poder de Deus de abrir os olhos do povo sem que eles precisem sofrer tanto, perder tudo, agonizar de dúvida, terminar no ateísmo, morrer confusos! Ignorância não é a falta de entendimento deles, ignorância é achar que inteligência intelectual protege alguém dos encantos dos falsos cristos...!

Aí vocês alegam: "Tem povo de Deus lá dentro! Deixa estar!" – Vocês se condenam exatamente por causa do que defendem, pois, se tem povo de Deus lá dentro porque vocês não o ama a ponto de exclamar com dor e profecia: SAAAAAIAM DE BABILÔNIA, POVO MEEEEUUUU!!!! SAIAM RÁPIDO!!!! VOCÊS VÃO FICAR TODOS LOUCOS!!!! SAIAM DE BABILÔNIA QUE COMERCIALIZA ALMAS HUMANAS!!!! Por quê? O que vocês tem a perder?

Dinheiro também?

Se é isso, então vocês são iguais! e "UNS MAIS IGUAIS QUE OUTROS"... Mas todos iguais! VALDEMIRO E MACEDO pelo menos são HOMENS! Como LOBOS, defendem as ovelhas que vão comer até lhes arrancar as tripas!!! Mas vocês, pastores, são só “pastores” desse grupelho que reúnem nos cultos dos certinhos? Eles são LOBOS, mas vocês são ratos, são covardes, políticos, donos da sinagoga, não se expõe... ah, eu suporto 20 bispos mas não suporto mais um só de vocês, meus pastores!

Não vão à mídia, não escrevem a respeito nas colunas de jornais, fingem que não está nada acontecendo, fingem que não estão vendo o TEMPLO DE SALOMÃO sendo construído em São Paulo pra mostrar quem é que tem o MEMBRO maior às custas da miséria do povo ameaçado pelo terror dos púlpitos onde se compra o favor de Deus... 
Saibam, reverendos: Deus nos julgará TAMBÉM! Especialmente pelo BEM que podíamos fazer e não fazemos!!!! E se você vê a injustiça e não faz nada, você já escolheu o lado do opressor! Depois vocês vão se arrepender quando não tiver mais volta. Na África não tem mais volta. A teologia da prosperidade agora come criancinhas!

Abaixo os hinários da vossa alienação! Teatro por teatro, arrancar os cabelos de uma filhinha de Deus possessa de mentira diante da turba enlouquecida e tarada é, com certeza, um entretenimento muito mais curioso do que vossas reuniões gélidas e inoperantes!

Eu só escrevo porque, ingênuo e esperançoso, ainda acho que dá tempo! Ainda acho que só estamos dormindo o sono das nossas vaidades. Ainda acho que Deus levantará – como já tem feito – profetas cheios de integridade para gritar das montanhas contra os sacerdotes do templo!

Amor, sem raiva e coragem, não é amor, é só frescura romântica!

Mas ELE virá... E “derrubará toda certeza vã, não sobrará... pedra sobre pedra!”

Marcelo Quintela,

Sem nenhuma preocupação que discordem do que eu penso!     (IDEM- VALDIR MANENTE GUIMARÃES)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O PASTOR PROFISSIONAL.

3O pastor profissional

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Sempre que um pastor for indagado sobre a sua profissão, qual deve ser a resposta? Incomoda-me quando afirmam que são pastores, ou seja, que a profissão que exercem é a de pastor. Quando tenho oportunidade de conversar com esses colegas mais próximos, sugiro que respondam: autônomo em vez de pastor. É claro que muitos discordam.

Mas o tipo de resposta a ser dada não é o problema que quero levantar nessa postagem. O ponto está mais além e é muito mais complexo. Inicialmente quero iniciar definindo o que significa ser um pastor e o que significa ser um profissional.

Por pastor entendo um ministério, um serviço dedicado ao Reino, ou seja, alguém que exerce o dom do Espírito Santo no cuidado de um rebanho de acordo com as normas contidas nas Escrituras. É um trabalho que não visa a promoção pessoal e nem o lucro, embora dele retire o seu sustento. Trata-se de um ministro do Evangelho. Por profissional entendo alguém que luta por uma carreira bem sucedida que se estabelece pelo reconhecimento vindo de outras pessoas. Também é a busca do progresso técnico que exige resultados mensuráveis cujo corolário é a recompensa que surge por meio de altos salários e de uma boa aposentadoria.

Não há nenhum problema em ser um bom profissional na empresa ou na instituição pública. A questão é quando o ministério pastoral se profissionaliza. Isso, sim, traz prejuízos à Igreja e ao propósito de Deus quanto ao amparo e, até mesmo, a proteção do povo. Como já disse, o trabalho pastoral deve ser visto como um ministério. Trata-se de um servo que preside, de um pai que cuida, de um mestre que doutrina ou de um enfermeiro que trata. Resumindo, o pastor é aquele que dá a vida pelo rebanho e o vivifica pelo poder de Deus.

Já o pastor profissional é aquele que não se dedica mais ao propósito principal no qual fora vocacionado. Ele passa a não mais se importar com a simplicidade do ministério. Sente necessidade de se perceber confortável e seguro de si e por si mesmo, não importando os prejuízos que isso possa causar à igreja. Busca um futuro previsível e um presente que satisfaça os desejos egoístas. A visão que possui passa a ser regida pelo humanismo e sente a necessidade de ser notado por aqueles que deslumbram o seu aparente sucesso. Ou seja, são pastores que pastoreiam a si mesmo, todo o seu esforço é direcionado aos interesses pessoais.

Não tenho dúvidas que tudo isso causa dor e frustração no meio do rebanho que definha moribundo e desorientado, principalmente quando percebe que o alvo de seu líder espiritual não é mais as ovelhas, mas, sim, o próprio estômago enquanto fingem pastorear.

Nessa altura surge uma pergunta: como podemos detectar alguém que deixou de ser um ministro do Evangelho e passou a ser um executivo eclesiástico? Como resposta, quero propor quatro características que são facilmente percebidas nesse tipo de gente:

O pastor profissional é raso no ensino bíblico. Este é um ponto extremamente nocivo à igreja com conseqüências desastrosas. O pastor profissional não possui a menor preocupação em se debruçar sobre livros, comentários ou literatura que possam auxiliar no preparo dos sermões. Não há estudo sério da Palavra, não há compromisso com a Verdade. Tais indivíduos acreditam que podem ir ao púlpito toda a semana e falar o que lhe vem na mente naquele momento, sem se preocuparem com o fortalecimento do rebanho contra o pecado. A tônica é sempre humanista e tolerante sem que haja a denúncia contra o erro ou contra o mundanismo. Isso porque o pastor profissional teme ser confrontado e, por essa razão, sempre quer estar de bem com todos, principalmente com os crentes influentes do meio.

O pastor profissional não se envolve pessoalmente com as ovelhas. Todos sabem que o pastoreio não se restringe aos principais cultos de domingo. Nenhum ministro de Deus se furta do envolvimento pessoal com o povo por meio do discipulado ou do aconselhamento. No entanto, o pastor profissional não leva em conta este importante cuidado individual. Não cultiva o hábito do pastoreio direto, do acompanhamento pessoal (por intermédio das visitas nas casas ou no trabalho em horário de folga), dos aconselhamentos, dos contatos por carta ou pela Internet (embora o relacionamento presencial seja insubstituível). Para ele tudo isso é perda de tempo. Por vezes a ovelha está necessitando de uma palavra orientadora, mas só consegue ser ouvida quando procura o psicanalista ou o líder de outra denominação mais próxima de si cuja teologia é, muitas vezes, questionável. São casais que vivem sob forte crise, relacionamentos desgastados entre filhos e pais, desempregos que desesperam o coração, enfermidades que atemorizam. São pessoas que gritam em silêncio sem, contudo, obter eco do seu clamor. O pastor que possuem só pode vê-las aos domingos na porta da igreja ao final do culto e que se limita em dizer a mesma frase por anos a fio: "como vai? Que tenhas uma semana abençoada". Nada mais que isso. Essas pobres ovelhas nunca serão encorajadas a seguir em frente, nunca serão visitadas, nunca serão aconselhadas, nunca receberão uma mão amiga e confiável. Ou seja, nunca experimentarão o que é ser pastoreada, pois não possuem líderes amigos. Esses tais são apenas meros profissionais.

O pastor profissional só se preocupa consigo mesmo. Personalismo parece ser a palavra de ordem em alguns centros evangélicos. São pessoas que passam a vida lutando por um espaço na mídia. O resultado é o desperdício de milhões de reais utilizados para pagar campanhas inócuas ou programas televisivos vazios que nada dizem além de discursos de auto-ajuda. Mas esse desejo não se restringe aos grandes eventos ou aos grandes espaços continentais. Há também aqueles que desejam fama em seu pequeno universo. Pode ser um Presbitério, uma pequena região ou até mesmo uma igreja local. O alvo é a bajulação que surge por causa de uma pretensa espiritualidade ou de uma suposta inteligência respaldada por títulos e certificados alcançados. Não importa a causa, o importante é o estrelismo. É por isso que muitos pastores profissionais se preocupam com o crescimento numérico de seu rebanho em detrimento da qualidade, embora haja também os que se conformaram com o número reduzido do rebanho. Nesses casos, geralmente, a fama e o prestígio possuem outra fonte fora da igreja local. Outra preocupação desses pastores é a sua renda mensal, o seu ganho financeiro. Sempre defendem cinicamente seus bolsos sem, portanto, merecerem o que pleiteiam ganhar. Buscam apenas os seus direitos em detrimento dos legítimos direitos das ovelhas extorquidas. A meta é ter um emprego-igreja bem remunerado que lhe conceda estabilidade financeira.

O pastor profissional não é um homem de Deus. Isso significa a ausência de uma dependência total do Senhor na vida por meio do temor, da Palavra e da oração. São pessoas que confiam em si mesmas e não se importam em buscar de Deus a direção certa. Não sentem falta nenhuma de expressar a submissão ao Espírito, submissão esta que o próprio Jesus demonstrou quando esteve aqui entre nós. Não são homens de oração, não são homens da Palavra, não são homens piedosos. Nunca possuem uma vida devocional particular, nunca gemem por causa do pecado, nunca se importam com a vontade de Deus. Sempre agem friamente e com extrema impassibilidade diante de tudo que promove uma vida espiritual compromissada. Na maioria das vezes são irônicos ou cínicos no que dizem ou falam com respeito à piedade. Eles também agem despoticamente para que prevaleça a sua vontade, não obstante a capa de aparente mansidão. São vazios do poder de Deus, são como penhas que não podem alimentar ou fortalecer as ovelhas.

Quero encerrar dizendo que, para mim, ser pastor profissional nada tem a ver com tempo integral ou parcial no ministério. O ministro pode retirar o seu sustento de um trabalho que não esteja ligado à sua igreja. Todavia, tal trabalho não pode comprometer o tempo de qualidade pertencente ao rebanho quanto ao preparo do sermão e quanto ao envolvimento pessoal. Entre um e outro, o pastorado é prioridade. Se um dos dois deve ser descartado ou penalizado, que seja o trabalho secular.

Muitas igrejas padecem miséria espiritual porque estão debaixo de um pastor profissional que há muito deixou de ser um ministro de Deus. Vale ressaltar que essa mutação pecaminosa não acontece da noite para o dia, ela ocorre ao decorrer dos anos quando aquilo que causava genuíno espanto, preocupação ou interesse transforma-se em total irrelevância. O que era importante por pertencer ao Reino, passa a ser desprezado totalmente.

Que Deus nos livre dos pastores profissionais que sufocam as igrejas até o seu extermínio. Que haja entre nós ministros sinceros e cônscios de que escolheram um excelente, sublime e perene trabalho conforme nos diz o Apóstolo Paulo.

Autor: Alfredo de Souza
Fonte: [ Sepal ]
Via: [ Emeurgência ]