sábado, 8 de setembro de 2012

FALSO EVANGELHO.





Essa matéria eu achei no blog: pregai o evangelho, e resolvi publica-lo na íntegra, mas antes eu gostaria de fazer algumas considerações:
Dias atrás em uma rede social (facebook) depois de algumas publicações críticas a alguns setores do mundo gospel, principalmente o setor musical,recebi alguns comentários ácidos de alguns fãs desse mesmo cantor....passados alguns dias me encontrei com o mesmo irmão, e tivemos uma conversa amigável, e ele argumentou seu posicionamento a favor do mesmo e de alguns "pregadores" famosos. Ele me disse que todos esses falsos pregadores que estão na TV, faz parte de uma estratégia de Deus para ganhar multidões para Cristo...!!!!
Então deixa eu pensar....Deus usa falsos profetas, que pregam um falso evangelho, para que assim ganhe almas a Cristo??? E o verdadeiro evangelho? E o poder do Espírito Santo em convencer o pecador? Onde fica?
Me desculpe meu irmão, mas esse falso evangelho eu não quero..eu repudio, ele é um falso evangelho :
"O insensatos gálatas! quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi evidenciado, crucificado, entre vós?"Gálatas 3:1

"
Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.Gálatas 1:8
Não creio que o Edir Macedo ao qual meu irmão defende, seja um instrumento de Deus, torcendo as escrituras sagradas para enganar a milhares de pessoas, extorquindo, enganando a muitos, Deus tem homens e mulheres fiéis a sua palavra que pregam o verdadeiro evangelho de Cristo, o deus do Edir é mamon, é satanás, e não o Deus e Pai de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo...não posso crer que Deus use o falso evangelho para "ganhar almas", se Ele mesmo inspirou o Apóstolo Paulo a alertar a igreja da Galácia, o porque eles se desviaram da verdade. Por isso afirmo. Esse evenenangelho eu repudio...
Valdir Manente.




Charles Colson foi assessor do Presidente Nixon, que teve que renunciar por causa de um escândalo político. Foi preso, e converteu-se a Cristo pouco antes de ir para a prisão. Fundou o ministério Prison Fellowship, que congrega 50.000 voluntários, sendo a maior organização mundial a atuar com presidiários. Já falou em mais 600 de penitenciárias, em mais de 40 países. Por causa desta atividade, em 1993 ele recebeu o Prêmio Templeton, no valor de um milhão de dólares, que doou à Prison Fellowship. Colson tem, ainda, um programa radiofônico que alcança dois milhões de pessoas diariamente.

Colson se tornou um pensador e um evangelista. Seu último livro que li foi A fé em tempos pós-modernos. Num capítulo em que aborda a questão do sofrimento, ele critica a pregação que anuncia o “Pare de sofrer!” como sendo a essência do evangelho. Ele comenta os sofrimentos de cristãos na Índia, Coréia do Norte e Mianmar (ex-Birmânia). Inicia o capítulo falando sobre o teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer, que era professor de Teologia, na Alemanha, opusera-se a Hitler, e, por correr risco de morte, de lá foi tirado e levado para os Estados Unidos.

Eis uma declaração que ele cita, de Bonhoeffer, sobre uma experiência espiritual que este tivera: “Pela primeira vez, descobri a Bíblia [...] Eu pregara muitas vezes, aprendera muito sobre a igreja, falara e pregara sobre ela, mas não me tornara cristão [...] Transformava a doutrina de Cristo em algo que me desse vantagem pessoal [...] Peço a Deus que isso jamais se repita. Também jamais havia orado ou orara pouquíssimas vezes [...] Ficou claro para mim que a vida de um servo de Jesus Cristo tem que pertencer à igreja, e, passo a passo, ficou cada vez mais claro para mim até onde isso deve ir” (p.  167/8). Assim, ele voltou para a Alemanha, para servir a igreja perseguida por Hitler, e lá acabou enforcado. Antes de subir ao patíbulo, ajoelhou-se e orou fervorosamente. Ele foi para se identificar com a igreja de seu país, sofrer com ela, e morreu por suas posições. Seria tão fácil cantar um cântico dizendo que Deus o abençoara e o tirara da morte! Ele era um abençoado! Mas e seus irmãos que sofriam, na Alemanha?

O verdadeiro cristianismo parte daqui, de uma frase de Bonhoeffer: “Quando Jesus Cristo chama um homem, ele o chama para morrer”. É o que Jesus disse: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lc 9.23). Sim, este é o verdadeiro cristianismo, o cristianismo da cruz, do Cristo crucificado. Porque só há um Cristo digno de ser crido e pregado, o crucificado: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado” (1Co 2.2).

Prega-se hoje o cristianismo do trono: “Sou filho do rei e mereço o melhor”, dizem alguns gananciosos que usam o evangelho para pretexto de sua visão materialista de vida. O próprio Rei optou pela cruz. Mente e falseia o evangelho quem oferece um trono ou uma vida repleta de bênção, sem sofrimento algum, em nome de Cristo. As lutas e as dificuldades, até mesmo as quedas eventuais, fazem parte da pedagogia divina. Catarina de Bora, esposa de Lutero, disse: “Eu jamais teria entendido o significado dos diversos salmos, nem valorizado certas dificuldades, nem conhecido os mecanismos internos da alma; eu jamais teria entendido a prática da vida e obra cristãs, se Deus nunca tivesse trazido aflições à minha vida”. Sim, porque é nos sofrimentos que nos sensibilizamos mais para a voz de Deus. É raro, quase duvidoso, que alguém encontre Deus num programa de auditório, num jogo de futebol, ou em um bloco de carnaval. Mas quantos o encontraram num leito de dor, ou à beira do túmulo de alguém amado!

O verdadeiro Cristo é o da cruz. O verdadeiro cristão é a da cruz. Martinho de Tours, em homenagem de quem Lutero recebeu o nome de Martinho, teve uma visão em que Satanás lhe apareceu na forma do Salvador. Quando estava quase se ajoelhando diante dele, Martinho olhou para suas mãos e não viu nelas os sinais dos cravos. Então perguntou: “Onde estão as marcas dos cravos?”. Diante desta pergunta, a criatura desapareceu. Sem as marcas da cruz não há Cristo nem cristianismo. Desafortunadamente, algumas igrejas têm trocado a cruz pela menorá, pela estrela de Davi, e têm trocado a cruz por bem-estar pessoal. 

É o falso cristianismo. Por isso, faço coro às palavras de Colson: “A dura verdade é que muitos enxergam o cristianismo como meio de melhoria individual ou como caminho para uma vida bem-sucedida” (p. 226). Que visão lamentável!

Um falso Cristo, sem a cruz, sem sangue derramado. Um Cristo sintético, de plástico, não o que derramou o seu sangue pelos nossos pecados. Um falso cristianismo, sem a cruz, sem o compromisso, sem a autodoação (a não ser doação de dinheiro para manter alguém), sem a identificação com o Crucificado. Uma busca de melhora de vida, e não de identificação com Cristo.

Só há um Cristo digno de ser crido, o crucificado. Só há um cristão verdadeiro, o crucificado. Sem a cruz, o cristianismo não existe. Nem o cristão. A Bíblia não nos chama a nos identificarmos com ele pelo trono, mas pela cruz: “Mas regozijai-vos por serdes participantes das aflições de Cristo; para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e exulteis” (1Pe 4.13). É preciso identificar-se com ele pela cruz.

Quem queira o trono que tome a cruz. O trono é do Crucificado e dos crucificados. Quem sofre por sua fé não é um crente de segunda classe, mas um felizardo: “Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós” (Mt 5.10-12).

Muito cuidado com quem oferece riquezas. Pode não ser Jesus, e sim o inimigo. Ele oferece riquezas: “Novamente o Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles; e disse-lhe: Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares” (Mt 4.8-9). O inimigo nunca oferecerá a cruz, porque ele a odeia e a teme. Quem não quer a cruz está do seu lado, não do lado de Cristo. Por isso, quem deseja ser um cristão de verdade, tome a cruz e siga o Crucificado.