quinta-feira, 9 de agosto de 2012

IGREJA X POLÍTICA - A IGREJA EVANGÉLICA NO BRASIL REALMENTE PRECISA DE POLÍTICA.


   





NESSE VÍDEO O PASTOR ARIOVALDO RAMOS, DESTRÓI QUALQUER PRETENSÃO EM SE DIZER QUE A IGREJA PRECISA DE POLÍTICA.






Paz, a todos.

Nesses últimos dias tenho observado, e creio que não só eu, mas todos aqueles que estão ligados as redes sociais, um grande número de candidatos a cargos públicos principalmente, candidatos ao cargo de vereadores, inundarem o Facebook, Orkut etc...posts como: Essa pessoa vota, essa pessoa apoia o candidato A, B ou C, é publicado com  frequência. Fotos de líderes religiosos apoiando os respectivos candidatos também estão em evidência e alguns são representantes de peso, como pastores presidentes e afins.
Meu posicionamento contrário a união igreja x política / política x igreja, já não é segredo para ninguém, pois eu nessas mesmas redes sociais  publico constantemente posts contrários a essa 'união'; na própria faculdade de teologia na qual estudo, esse assunto já foi abordado na aula de ética cristã, e não só minha indignação ficou evidenciada, como também vários outros alunos compartilham da mesma ideologia.
Mas antes de qualquer consideração ou argumentação eu gostaria de considerar aos leitores que eu já ouvi, li, pesquisei vários posicionamentos pró política x religião e também vários anti política x religião.
Os estudantes de teologia, ou aqueles que tem acesso a livros de história da igreja, já sabem que essa 'união' estado x igreja causou mais malefícios do que benefícios ao corpo de Cristo na terra representado pela sua igreja. É sabido que com a pseudo conversão de Constantino a igreja se uniu ao estado, e essa passou de perseguida,  a ser tratada com tapetes vermelhos, e os templos passaram a funcionar como extensões do poder político de Roma e aparelhos de manutenção do poder, mais parecidas com prefeituras do que como fiéis representantes de Deus na terra. E a nau naufragou na sua missão transcendental e passou a apenas representar os interesses de grupos. Com a Reforma protestante, homens de Deus bem intencionados, tentaram conciliar as duas coisas, representarem o reino de Deus/ restaurando ou reformando a igreja, bem como tentaram usar também sua influência eclesiástica para tentar mudar o cenário sócio político de suas cidades, estados e países.
Tiveram até certo êxito em suas tentativas, mas a grande questão não era o engajamento político que dava eles sucesso em suas empreitadas, mas sim o Evangelho que eles anunciavam e viviam, esse era o agente de transformação do individuo e da sociedade, avivamentos em países europeus são uma prova do poder transformador do verdadeiro Evangelho, e o engajamento político em estabelecer leis justas, foram a alavanca de desenvolvimento espiritual e social. Mas veja primeiro a ordem: Pregar o Verdadeiro Evangelho primeiro e depois em segundo plano, o estabelecimento de leis justas,  conformadas com a cosmovisão cristã/bíblica.
Sabemos que as duas ações citadas acima, no nosso cenário é praticamente impossível.
Primeiro; o evangelho pregado, anunciado aos quatro cantos de nosso país nos programas "evangélicos", são na verdade um outro evangelho, ao qual Paulo nos alertou: " Estou admirado de que tão depressa estejais desertando daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho,
Gálatas 1:6.
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Os nossos representantes democraticamente constituídos por não raras vezes são réus em processos e investigações de crimes de corrupção e afins. Sei que há exceções, e que há pessoas bem intencionadas.

Já ouvi argumentos do tipo: " estão fazendo leis anti-cristãs ou contrárias a família, ou pró aborto, ou pró união homoafetiva, ou ainda a famigerada lei do psiu, em que igrejas evangélicas foram multadas ou fechadas por emitirem um nível de ruído acima do tolerado ou permitido por lei....." temos que votar em candidatos evangélicos, crente vota em crente e por ai vai...não podemos permitir isso...
Então é para votar em candidatos evangélicos??? Eles vão legislar para os evangélicos ou para a sociedade em geral???!!!
Se for para votar em candidatos que suas "únicas" propostas e projetos de lei, são para dar nome de pastores a ruas da cidade, praças, ou instituir o dia da marcha (procissão evangélica), ou ainda conceder o "título" de cidadão para líderes religiosos, no intuito de massagear seus egos inflados, e em acordos de conchavos políticos para manutenção de cargos eclesiásticos vitalícios ou para garantir seu curral eleitoral numa espécie de toma-lá da-cá...pode esquecer meu voto...e meu posicionamento continuará contrário a essa união.

Para finalizar esse meu 'desabafo', e em poucas palavras, eu gostaria de esclarecer o título desse post ( Igreja x política- a igreja evangélica no Brasil realmente precisa de política), precisa por que?

Porque deixou de anunciar o verdadeiro evangelho para anunciar um falso evangelho, o evangelho da prosperidade financeira, do deus gênio da lâmpada, e sendo assim como agente de transformação, deixou de transformar para conformar-se.....PRECISA DA POLÍTICA para mudar leis...pois o agente de transformação que é o Evangelho de Jesus deixou de ser anunciado....e sendo assim a "única" solução encontrada pela igreja foi e está sendo os meios políticos como medida paliativa para "transformação" do ser humano....a Igreja não precisa de política, mas a igreja evangélica no Brasil precisa sim...pois ela não possui outro agente de transformação do ser humano (Evangelho da Cruz)...ela possui fórmulas mágicas, campanhas milagreiras, bispos, apóstolos, paipóstolo, semideuses...sendo assim ratifico. A iGREJA EVANGÉLICA NO BRASIL PRECISA SIM DE POLÍTICA....POIS NÃO POSSUI MAIS NADA...

Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los, e voltemos para o Senhor.Lamentações 3:40



VALDIR MANENTE GUIMARÃES.